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O Brasil registrou, em maio de 2025, um total de 6,7 milhões de micro e pequenas empresas inadimplentes, segundo levantamento da Serasa Experian. O número representa crescimento de 5,2% em relação ao mesmo mês do ano passado e reforça a fragilidade financeira desse segmento, responsável por mais de 90% dos negócios ativos no país.
A combinação de juros elevados, retração no consumo e dificuldade de acesso ao crédito tem pressionado pequenos empreendedores que, muitas vezes, não resistem aos dois primeiros anos de operação. Dados do Sebrae apontam que 60% das micro e pequenas empresas encerram atividades antes de completar cinco anos, sendo a má gestão financeira e a ausência de planejamento estratégico os principais fatores para a mortalidade precoce.
De acordo com Marcos Pelozato, advogado, contador e especialista em reestruturação empresarial, a crise atual vai além do ambiente macroeconômico. “Grande parte dos empreendedores chega a um estágio crítico sem controle do passivo, sem indicadores de desempenho e sem conhecer ferramentas legais para renegociar dívidas. É um retrato da falta de orientação prática e da resistência em buscar apoio técnico”, afirma.
O cenário se agrava pela baixa procura por suporte especializado. Apenas 6% dos donos de negócios recorreram a algum tipo de mentoria ou consultoria em 2024, segundo pesquisa do Sebrae. A consequência é que muitos empreendedores só buscam alternativas quando já não conseguem cobrir os custos operacionais. “A cultura preventiva ainda é desprezada. O resultado é um ciclo de falências que poderia ser evitado”, completa Pelozato.
A ausência de gestão técnica e planejamento tributário tem ampliado o endividamento. Estudo do IBGE indica que mais de 60% das empresas brasileiras operam com margens de lucro inferiores a 10%, o que as torna ainda mais vulneráveis a oscilações de consumo e aumento das despesas financeiras. Enquanto pedidos de recuperação judicial aumentaram 26,3% no primeiro semestre de 2025, a adesão ainda é baixa diante do universo de companhias em crise. Em 2024, apenas 2.273 empresas recorreram a esse instrumento, menos de 0,01% do total de negócios inadimplentes.
Para Pelozato, é preciso ampliar a capacitação de empresários e profissionais que atuam no suporte à gestão. “Salvar empresas não é apenas interesse privado, mas questão de impacto econômico e social. A falta de preparo técnico compromete empregos, cadeias produtivas e arrecadação pública. Precisamos incentivar a profissionalização da gestão desde o início da atividade empresarial”, conclui.
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Atualizado em: 05/09/2025 12:59 |