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Passar o comando de uma empresa privada para a próxima geração costuma ser o momento em que muitos fundadores imaginam finalmente respirar aliviados. É quando a aposentadoria parece viável e o futuro do negócio, teoricamente, fica garantido. Mas, na prática, esse “dia da transição” está cada vez mais distante. O medo de entregar a companhia a herdeiros despreparados está travando decisões e transformando a sucessão em um dos pontos mais frágeis dos negócios familiares.
Segundo uma pesquisa anual da Brown Brothers Harriman (BBH), feita com quase 500 empresas familiares e privadas, quase metade dos fundadores não confia plenamente na capacidade da próxima geração de assumir o controle. Para 50% dos entrevistados, os sucessores estão apenas “um pouco preparados” para lidar com finanças e operação. E 40% dizem que a nova geração não está pronta de forma alguma. O efeito é direto: menos de um quarto dos donos tem um plano formal de sucessão e 76% admitem não ter nada estruturado ou ainda estar “pensando nisso”.
O problema não é só prático, é emocional. A pesquisa mostra que muitos líderes simplesmente evitam falar do tema. Apenas 38% dizem ser totalmente transparentes com a próxima geração sobre o futuro do patrimônio e da empresa. E esse silêncio tem motivos conhecidos de quem vive a rotina de negócios familiares: o receio de bagunçar a dinâmica da família, o medo de revelar intenções cedo demais e a insegurança sobre como cada herdeiro reagirá.
Há ainda um fator que gera desconforto em muitos fundadores: o temor de criar acomodação. Alguns evitam abrir o jogo porque acreditam que, ao saberem que a empresa será deles, os sucessores podem reduzir o esforço, perder fome de crescimento ou até desenvolver um senso de direito automático ao cargo. Outros receiam o efeito psicológico de uma herança grande demais, como se o excesso de conforto enfraquecesse a dedicação ao trabalho. Em resumo, muitos líderes preferem não nomear o futuro para não “estragar” o presente.
Apesar das hesitações, quase dois terços dos entrevistados dizem que pretendem, sim, passar a empresa para os filhos ou familiares em algum momento. Outros 8% planejam deixar o comando com executivos ou colaboradores. O paradoxo é claro: a intenção existe, mas a formalização não acontece. E isso abre espaço para transições improvisadas, feitas sob pressão, doença, desgaste ou crise, em vez de planejamento.
Os motivos do adiamento se repetem: 46% citam o medo de conflitos familiares, muitos não enxergam um sucessor único e claro, e há também a resistência interna do próprio fundador em sair de cena. Questões tributárias aparecem como mais um freio, reforçando a sensação de que sucessão é um problema grande demais para ser enfrentado “agora”. Só que “agora” raramente melhora com o tempo.
No fim, a pesquisa revela algo incômodo para quem construiu negócios do zero: sucessão não falha por falta de herdeiros, mas por falta de preparo e conversa. Quando a próxima geração não é treinada em responsabilidade, decisão e visão de longo prazo, o fundador se vê preso ao comando por medo do vazio depois dele. A boa notícia é que esse risco é evitável. O aviso é simples: deixar a sucessão para depois pode ser o fator que decide se a empresa vai durar ou virar apenas uma memória de família.
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